quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Porque comemorar o natal


POR Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho


O natal tem sido combatido por alguns cristãos, que alegam que ele é a festa pagã do culto ao Sol. Estabanamento puro. Escolheu-se esta data, entre outras, porque Cristo é o sol da justiça (Ml 4.6). Outros combatem a árvore de natal, dizendo-a vir culto pagão às árvores. Mas a Bíblia se abre e fecha com a presença de uma árvore (Gn 3.9 e Ap 22.14). A prática veio de Lutero, que enfeitou uma árvore em seu quintal, para comemorar o natal.

O cristianismo e a Bíblia expressam as verdades de Deus na cultura existente. Aplicamos o nome “Emanuel” a Jesus, mas o Emanuel de Isaías 7.14 é Ezequias, filho do rei Acaz, a quem o profeta se dirigiu, tanto que em Isaías 8.8 o Emanuel está vivo e recebe uma mensagem de Isaías. Os quatro títulos aplicados a Jesus, em Isaías 9.6 (“Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”) eram usados na sagração do novo Faraó, no Egito. O profeta os aplicou a Jesus. Ele é o Messias, mas Deus diz que Ciro é “seu ungido” (Is 45.1), em hebraico, messhyhu, “messias dele”. A igreja nascente adaptou passagens do Antigo Testamento para firmar seus conceitos. A “virgem” de Isaías 7.14 foi aplicada a Maria, em apoio ao nascimento virginal de Jesus. Mas é a esposa de Acaz, mãe de Ezequias, e o termo hebraico, almah, significa, primeiro “uma jovem na idade de se casar, uma donzela”. O termo foi entendido como “virgem” pelos tradutores da Bíblia Hebraica para a Bíblia Grega. Eles usaram parténos, “virgem”. Isto direcionou nossa leitura para este aspecto. Mesmo que almah não signifique, primeiramente, “virgem” e se aplique, primeiramente, à esposa de Acaz, isto não invalida o nascimento virginal de Jesus. O Novo Testamento o afirma (Mt 1.18). Não é preciso negar tudo porque se descobriu um aspecto que não corresponde ao que pensávamos. É insensatez jogar tudo fora por causa de uma parte. Meio entendimento é pior que entendimento algum. Principalmente se produz estabanamento intelectual.

Natal não é festa pagã. Dizer isto é falta de inteligência. É a comemoração do nascimento de Jesus. Se a data não foi 25 de dezembro, qual é o problema? A páscoa, quando se comemora a morte de Cristo, cada ano cai num dia. Mas não invalida a morte vicária de Cristo.

A postura de alguns em reinventar e redescobrir o evangelho é prejudicial. Pergunte a um cristão sincero, não desses que estão reinventando o evangelho, o que ele comemora no dia 25 de dezembro. Ele dirá: “O nascimento de Jesus”. Na falta da data certa, ficou-se com esta. Qualquer outra suscitaria uma crítica de alguém. Que critiquem.

O erro não é comemorar o natal de Jesus. O erro é trocá-lo por Papai Noel, é olhar o aspecto apenas humano e sentimental da ocasião e esquecer o aspecto espiritual. Por isto, comemore o natal. Com gratidão a Deus. Louve-o por seu Filho, Jesus Cristo, nosso Salvador. E ignore a rabugice de outros. Natal é para lembrarmos que Deus se fez homem e habitou entre nós.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Radicados, edificados e confirmados na fé


O apóstolo Paulo como toda a inspiração do Espírito Santo nos demonstra em sua carta aos Colossenses no capítulo 2.6 e 7 o seguinte: Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças.
Paulo exorta aos colossenses a expressarem uma vida de reconhecimento do senhorio de Cristo em suas vidas em todo o tempo. O verbo utilizado por “andai” no capítulo 6 significa algo prático como “conduzam sua vida nele”. Eis a questão: será que estamos conduzindo a vida nele ou nós estamos conduzindo? Fico a pensar o quanto estamos nos tornamos egoístas a cada dia na busca de um cristianismo sem sofrimento, sem renúncia, sem mudança e cheio de imposições a Deus como se Ele fosse obrigado a cumprir todo o desejo do nosso coração. Podemos ver isso a partir de uma análise das letras das músicas “evangélicas” de hoje que utilizam o pronome pessoal da primeira pessoa do singular de forma constante como estas que podemos ver; eu quero de volta o que é meu..., eu tenho a marca da promessa..., hoje meu milagre vai chegar, eu vou crer não vou duvidar..., estas são algumas dentre muitas que existem. Poucas são as músicas nas quais o centro delas é Jesus e que nos levam a ter uma vida com ele, a andar nele. Muitos “pregam” um evangelho onde Jesus aparece de vez em quando, porém o verdadeiro evangelho Jesus é sempre o centro, é uma pregação cristocêntrica sem temer o que possa acontecer, se está agradando ou não, o que importa é pregar a verdade tal como ela é, isto é andar em Cristo. Este ato requer passar por momentos de sofrimento, renúncia do ego e uma vida de dedicação ao reino, sempre aos pés da cruz reconhecendo que a graça, o poder e a glória pertencem a Jesus.
Diante deste fato no versículo 7 vemos as metáforas utilizadas pelo apóstolo Paulo. A princípio ele utiliza a linguagem de horticultura, arraigados, como uma árvore enraizada, isto demonstra algo que não é arrancado facilmente, esta bem firme. Já para a palavra edificados usa a linguagem de arquitetura que denota um crescimento progressivo, onde a trasformação é aos poucos, dia a dia. E finalizando usa o termo confirmados, que denota a idéia juridica, isto é, um contrato ratificado e obrigatório, onde o que é feito não pode regressar, nem ser mudado e isto com fé. Todas estas metáforas são utilizadas para descrever a intenção do apóstolo Paulo em lembrar o povo de colossos para permanecerem firmes no verdadeiro evangelho e não se render aos falsos ensinos.
Com isso é possível entendermos que este crescimento em Cristo é gradativo e contínuo.
Assim o cristianismo que Paulo pregava nunca foi e nunca será moleza. É certo que grandes homens viveram o verdadeiro evangelho e sofreram no passado para que o Cristianismo fosse propagado, entre estes se encontram John Wycliffe, John Huss pessoas que realmente lutaram pelo evangelho de Jesus, antes mesmo de Lutero e Calvino que foram os icones da reforma protestante, porém os desconhecidos nem sempre são lembrados. Agora cabe a nós simplesmente dar continuidade a este processo sem exitar e nem se vender a um evangelho comercial, onde se preocupa com o lucro e com a fama adquirida, sem se importar se esta de acordo com a Palavra de Deus ou não. O que devemos ter sempre em mente é que nossa vida deve estar em Cristo, e quando isto acontece a certeza de que estamos debaixo de sua vontade aumenta e Ele mesmo nos dá força para continuar através do Espirito Santo, pois Jesus é a verdade, então se pregarmos a verdade Ele sempre estará conosco. Não busque holofotes, busque andar em Cristo, arraigados, edificados e confirmados na fé.
Fique na Paz de Jesus
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MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom, introdução e comentário. São Paulo. Ed.Vida Nova

domingo, 31 de outubro de 2010

O ESPINHO NA CARNE E A RESPOSTA DE DEUS


E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.

Neste texto de II Coríntios 12.7,8 vemos a narração feita pelo apóstolo Paulo que nos diz sobre o espinho na carne que recebera após as revelações. A palavra skolops que é utilizada para espinho aparece somente neste texto e mais em nenhum outro no Novo Testamento, era usada para qualquer objeto pontiagudo, isto é, estaca, anzol, lasca de madeira ou metal e espinho. Neste contexto podemos entender que seja um espinho.
O apóstolo segue descrevendo o espinho na carne como mensageiro de satanás. Como fica então está questão “mensageiro de sátanas”. Neste texto satanás recebeu a permissão para perturbar Paulo. Certamente podemos entender pela Palavra de Deus que satanás não tem poder a não ser o que Deus lhe permite utilizar. Porém todas as ações de satanás acabam sendo utilizadas para o propósito divino, seja ela qual situação for, no caso do apóstolo Paulo foi o espinho na carne.

O que era este espinho?

Não se pode saber ao certo qual seria este espinho na carne. Porém algumas sugestões são apresentadas:
1ª. Alguma forma de perturbação espiritual, opressão demoniaca. 2ª. Perseguições – adversários judeus, ou pelos adversários cristãos que se opunham a Paulo. 3ª. Enfermidade fisica ou mental- problemas nos olhos, febre continúa, gagueira, epilepsia ou perturbação neurológica.
A mais aceitável e provável é que o espinho na carne seja um problema nos olhos baseado no texto de Gálatas 4.15. Sendo assim o que podemos aprender com isso? O que mais nos interessa neste contexto é a resposta de Deus ao Apóstolo Paulo “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
Em quantos momentos de nossa vida achamos por conta própria que não há mais saida ou solução para o problema enfrentado. O apóstolo Paulo enfrentava algo muito mais complexo e dificíl que muitos problemas modernos que enfrentamos, mas Deus não retirou o espinho de Paulo, pois a graça de Deus o ajudaria a conviver com o espinho.
E nós nos contentariamos com esta resposta? Certamente não! Devido ao fato de estarmos vivendo em mundo pós-moderno onde tudo é relativo e que tudo gira em torno de uma palavra “imediatismo”- é pra agora, pra hoje se não, não quero mais. É assim que muitos “crentes” da era atual tem se portado diante de Deus, acham que podem manipulá-lo, mas Deus não age mediante pressão do ser humano, - “Se Deus não resolver meu problema, não curar minha doença, não restaurar minha familia, não transformar minha situação financeira, isto é, não tirar o meu “espinho na carne” não vou mais a igreja”. Isto acontece com muitos, mas se não enfrentarmos as dificuldades que a vida nos proporciona nunca seremos fortes o suficiente. Já o apóstolo Paulo aprendeu a lição depois da resposta de Deus, ele diz no versículo 10: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando sou fraco é que sou forte”.
A graça de Deus basta para cada um de nós, que possamos deixar que todas as situações gerem em nós o caráter de Cristo, pois em todas elas o poder de Deus se aperfeiçoará na nossa fraqueza.

Fique na paz de Jesus

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Bibliografia

KRUSE, Colin. 2º Coríntios, introdução e comentário. Vida Nova: São Paulo.

Bíblia de estudo N.V.I

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A IGREJA E O REINO DE DEUS


É notável em nossos dias o aparecimento de várias igrejas em todos os lugares por onde passamos, todas estas com nomes dos mais variados. A maioria surge a partir de uma suposta “visão enviada por Deus” aos líderes com o propósito não muito definido. Dizer que foi Deus quem disse é fácil, porém se realmente foi fica ao julgamento da consciência de cada um deles. Mas o que chama a minha atenção é que estes fogem a um propósito vital da igreja, isto é, o reino de Deus, algo que deveria ser prioritário, mas que se torna secundário. Devido a isso gostaria de relevar esta questão de forma resumida: O que é o reino de Deus? Para entendermos melhor o que significa reino de Deus vejamos a definição de George E. Ladd:

“O reino é primeiramente o governo dinâmico ou o domínio real de Deus e, derivando dessa idéia, a esfera na qual o domínio é experimentado. Na linguagem bíblica, o reino não é identificado com os seus súditos. Eles são o povo do domínio de Deus que adentram o reino, nele vivem, e por ele são governados. A igreja é a comunidade do reino, mas nunca o reino em si. Os discípulos de Jesus pertencem ao reino assim como o reino pertencem a eles; todavia, eles não são o reino. O reino é o domínio de Deus; a igreja é uma sociedade de homens.” ( pg. 111).

Sendo assim podemos entender que a igreja não é o reino de Deus, mas a proclamadora do reino de Deus. Esta deve ser a única e objetiva visão da igreja, o reino. Podemos entender o reino de Deus como a soberania de Deus sendo uma realidade presente quanto futura, por isso há uma relação próxima entre o reino e a igreja, quanto mais a igreja proclama o reino mais pessoas virão para a igreja e assim entregarão suas vidas ao domínio de Deus, e isso acontece devido a ação regeneradora do Espírito Santo no coração do pecador. Como nos ensina o apóstolo Paulo em Colossenses 1.13. “Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado”. Isto acontece a todo aquele que se deixa dominar pelo reino de Deus.
Desta forma a igreja tem a missão de proclamar o reino, ela não pode se calar e deixar que os padrões do mundo se estabeleçam e se alarguem dentro de si. É de vital necessidade pregar a mensagem de arrependimento (Mateus 4.17), de transformação real e permanente e não mensagens que estimulam a mudança financeira e o bem estar, algo totalmente pragmático e egoísta, que não expõe o pecado. Pregasse sobre prosperidade, sobre conquistas, sobre como alcançar um futuro brilhante, como ser bem sucedido. Porém o próprio Cristo nos ensina: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam". (Mateus 6.19-20). E ainda mais “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Isto realmente é incoerente para muitos, pois nos dias em que vivemos estão trocando o que é eterno pelo que é temporal, trocam o real pela ilusão. Porém o que deve ser pregado é a transformação de caráter, vida de intimidade com Deus, devoção pessoal, santificação.
Não é mais momento de obscurecer a verdadeira mensagem, é hora de expô-la a luz, para que em nossos dias o reino das trevas não prevaleça, pois a cada dia, a cada momento o reino das trevas tem mostrado suas garras com toda a força enquanto que a igreja de Cristo tem se preocupado com sua própria existência e sua estrutura interna.
A igreja tem de proclamar o reino e lutar pelos princípios bíblicos, não temendo o que possa acontecer, pois a Palavra de Deus nos diz que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja de Cristo (Mateus 16.18). Resgatemos os valores do reino de Deus e não o reino material. Não podemos nos preocupar em agradar os ouvintes com pregações fantasmagóricas, onde se leva o público a crer em coisas que jamais acontecerão em sua vidas. É nosso dever como cristãos verdadeiros hastear a verdadeira bandeira do evangelho do reino, pois este sim transforma e restaura a vida do perdido e leva-o a viver sob o domínio do reino de Deus. (Mateus 6.21-34).
Toda a igreja que foge a proclamação do reino torna a sua existência ineficaz, e passa a subsistir em si mesma. Que possamos realmente buscar viver o reino de Deus e proclamá-lo. Certamente não encontraremos uma igreja perfeita, mas é possível encontrar uma igreja que tem compromisso com o reino de Deus de forma verdadeira e não superficial.
Que os líderes eclesiásticos possam realmente resgatar este objetivo para o qual a igreja existe, em dias onde a mensagem é totalmente pragmática, egoísta e motivacional. Não é fácil vivermos a proclamar o reino de Deus num mundo onde a preocupação e prioridades são outras, porém somos os embaixadores deste reino e devemos assumir tal responsabilidade. Deus é conosco!!!

FiQuE Na PaZ De JeSuS
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Bibliografia

GRUDEN, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.
Bíblia N.V.I de estudo
LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2003.

sábado, 2 de outubro de 2010

Intimidade com Deus


Nos dias em que estamos vivendo há uma busca incessante por um evangelho que não é o evangelho de Jesus. Muitos querem bênçãos de ordem material, mas poucos querem viver uma vida de intimidade com Deus.
Quando pensamos em viver uma vida de intimidade requer uma mudança de pensamento, onde nossa vontade carnal deixa de ser prioridade. A definição da palavra intimidade no dicionário Aurélio significa caráter do que é intimo; secreto; amizade intima. Quando pensamos nesta definição é notável que no relacionamento de intimidade com Deus, não esta ligada a questões exteriores. Ser intimo de Deus não tem nada a ver com demonstrações exteriores. Intimidade com Deus não esta no fato de como a pessoa se porta num culto, se ela fala em línguas estranhas ou ergue as mãos para o alto na hora do louvor e grita, profetiza ou usa terno e gravata, nada disso é uma evidência de que ela tem mais intimidade com Deus. Visto que esta intimidade deve ser cultivada em secreto com Deus, é algo de dentro para fora e quando isto acontece certamente não precisará ser demonstrado, pois, será visto por todos. Uma verdadeira intimidade é gerada através de relacionamento. Quando se tem um amigo, você passa muitos meses ou dias sem falar com ele? Dificilmente né? Pois quando se é amigo de alguém buscamos manter contato sempre que possível, existe uma convivência, um sabe o que o outro gosta mais ou não gosta. Porém muitos querem ser amigos de Deus aos finais de semana e durante o decorrer da semana nem sequer pensam em Deus. Para ser amigo de Deus é necessário ter um desejo intenso de buscá-lo, ter sede de conhecê-lo, de ser amigo intimo e fazer sua vontade, assim como disse o Salmista no Salmo 42: “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!”
Isto é possível se praticarmos aquilo que a Palavra de Deus nos ensina. A intimidade com Deus diz respeito aquilo que se faz quando está sozinho na internet, no quarto, no trabalho, em qualquer lugar onde não há ninguém olhando, somente Deus. Isto quer dizer que intimidade esta mais relacionada ao caráter do que qualquer outra coisa. Diante deste fato o diabo age de forma ardil para destruir a nossa vida com Deus, este é o papel dele através das tentações, do pecado, do stress, do nervosismo, da falta de perdão, isto é, da falta de amor tão crescente em nossos dias (João 10.10).
Ter intimidade com Deus requer uma vida de disciplina espiritual através da dedicação a oração, jejum e leitura bíblica. Porém esta "trilogia" não deve ser praticada como um fardo ou dever, mas, sim como algo desejado no intimo do nosso ser. A oração sem vontade é vã, jejum sem propósito é mera abstinência de comida e leitura bíblica somente pra dizer que leu, de nada vale.
Outra situação que devemos estar conscientes é que não se deve buscar ter intimidade com Deus quando as coisas em sua vida estão bem nas finanças, na família, no trabalho, mas tenha intimidade quando tudo esta desabando ao seu redor, assim como disse o profeta Habacuque: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação (3.17,18). Só é possível dizer isso quando se tem certo grau de intimidade com Deus. Portanto ter intimidade com Deus requer uma vida de constante arrependimento, devoção, santificação e principalmente temor ao nosso Deus. Quanto mais termos intimidade com Deus mais absorveremos os seus valores.
Viva esta intimidade com Deus e sua vida mudará!!

“O SENHOR Deus é amigo daqueles que o temem e lhes ensina as condições da aliança que fez com eles”. (Salmos 25.14 N.T.L.H)


Fique na paz de Jesus!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

É possível ser alegre!



O ser humano vive em busca da alegria em todas as áreas da vida, e para tê-la fazem o que for necessário. Buscam vários métodos, fórmulas e religiões. Alguns tentam encontrar a alegria em coisas supérfluas como bebidas, drogas, sexo, carros, dinheiro, poder, viagens pelo mundo, bens materiais, etc. Mas nenhuma destas alternativas não passam de momentos ilusórios de uma pseudo-alegria e acabam enganando a si mesmos. Tudo isso na busca do preenchimento do vazio existencial que há dentro do coração humano.
Para muitos a alegria é um estado de espírito que deve ser sempre mantido em evolução. Outros pensam que a alegria esta vinculada a estar bem financeiramente, ter todos os bens desejados nesta vida e sucesso em todas as áreas. Diante deste pensamento certa vez conversando com uma pessoa ela disse assim: “Eu não sou feliz porque tudo dá errado na minha vida, quando melhora um lado, estraga o outro”. Porém a verdadeira alegria não consiste em estar bem em todo o momento, e nem ter tudo o que se deseja. No entanto é possível ser alegre mesmo passando por momentos desanimadores, problemas e dificuldades. Desta forma não se pode entender que nunca ficaremos tristes ou desanimados, mas que nestes momentos a alegria nos motivará. Você pode estar se perguntando agora: Como isso é possível?
No capítulo 4 e versículo 4 da carta do apóstolo Paulo aos Filipenses nos diz: Alegrai-vos sempre no Senhor, e digo outra vez: Alegrai-vos. Neste contexto Paulo emprega a palavra chara no grego para descrever alegria. O mais interessante é que o Apóstolo Paulo escreveu esta carta provavelmente preso em Roma ou Éfeso, mas mesmo assim encoraja os filipenses que estavam livres a viverem em alegria. Nesta carta ele utilizou a palavra alegria (substantivos, verbos e sinônimos) cerca de 15 vezes. Assim nos ensinou que é possível obter alegria nesta terra se estivermos unidos em comunhão com o Criador das nossas vidas, mesmo vivendo momentos desfavoráveis, pois esta alegria não é meramente terrestre e humana e sim no Senhor. Não podemos nos esquecer também que a alegria é um fruto do Espírito, é produzido por ele em nós (Gálatas 5.22). Não há outra forma neste mundo para se obter a verdadeira alegria. Talvez você precise viver esta alegria mesmo já sendo crente, freqüentando a igreja, por isso se entregue completamente a Cristo de todo o seu ser e assim realmente viverá a verdadeira alegria e conseguirá enfrentar as situações desfavoráveis. Quando se vive na presença de Deus a alegria não é passageira e sim permanente e integral, pois aquele que vive em Cristo não depende de fatores externos para ser feliz.

Eu vos tenho dito estas coisas para que a minha alegria permaneça em vós e a vossa alegria seja plena. João 15.11


Fique na Paz de Jesus

sábado, 11 de setembro de 2010

Culto ou Show?




"Em muitas igrejas de hoje temos movimentação, mas não unção." John Blanchard


A partir da frase deste autor cristão fico a imaginar como esta a igreja nos dias de hoje. A cada dia que passa surge novos movimentos que são denominados como a manifestação da unção de Deus. Porém tenho de discordar de tais manifestações e concordar com John Blanchard que tudo hoje não passa de uma movimentação e nada de unção. Para entendermos melhor a palavra unção vem do vocábulo grego chrisma como em I João 2.20,27. Neste contexto do apóstolo João a unção de Deus nos dá capacidade ou virtude de discernir o cisma e a heresia. A unção nada mais é do que o próprio Espírito Santo. Todo aquele que recebe Cristo como salvador recebe a unção (Espírito Santo) de Deus para instruí-lo na verdade. (2 Cor. 11.20-22). O grande problema é que muitos confundem a unção de Deus com barulho ou falar alto no microfone, portanto a unção de Deus realmente nos leva a uma transformação interior, onde nos capacita a nos tornamos crentes melhores e aptos para levarmos a mensagem do evangelho da cruz adiante.
Por causa de não se entender a que é realmente a unção de Deus vários pregadores se tornaram astros do cristianismo atual e o evangelho tem se tornado comércio. É normal cobrar valores exorbitantes para se pregar, quanto mais conhecido mais caro se cobra. Isto se dá porque são contratados para fazer o “show” acontecer em nome de Deus. Profetizam o óbvio e transmitem profecias universais que cabem a qualquer pessoa, derrubam as pessoas no chão sem motivo algum e muito mais. Tais pregadores se vestem como “astros” como se fossem “show-mam”. Desta maneira passa então a ser um culto a personalidade e não há Deus, imagino Jesus do lado de fora de muitas igrejas, esperando o momento do culto onde ele irá ser adorado, isto se houver espaço. Porém não devemos esquecer que o centro do culto é Deus, tudo o que for feito deve ser com o objetivo de adorá-lo (Salmo 100).
Quantas vezes muitas pessoas são motivadas a ir a um culto devido a pessoa que estará “pregando” no culto. Certa vez recebi em minhas mãos um panfleto de uma igreja que dizia: Não perca!!! O profeta raio x. Tudo isso para mostrar que o homem era usado por “Deus”. Mediante a estas coisas o que precisamos para nossos dias é discernimento. Devemos lembrar as palavras do apóstolo João que sabiamente diz: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. 1 João 4:1.
Muitos são os enganadores que tem adentrado em igrejas com ovelhas, mas na verdade não passam de lobos enganadores, na procura de engordar sua contas bancárias e ter um suposto “sucesso” ministerial. Não seja manipulado por movimentações que nada tem de Deus. Que possamos ter uma consciência realmente espiritual e não meramente emocional onde tudo que é dito em nome de Deus é aceito. Levantemos a bandeira da Palavra de Deus como a melhor e maior profecia já existente e que qualquer outra “manifestação” ou “movimentação espiritual” que vai além dela deve ser totalmente excluída da nossa prática de vida. Não tenhamos medo de dizer que tal manisfetação não seja de Deus, pois muitos temem em estar pecando contra o Espirito Santo se tal ocorrido for de algo de Deus, por isso peçamos discernimento a Deus para julgar cada situação. Lembramos das palavras de Jesus sobre tais pessoas no evangelho de Mateus 6.21 a 23:
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.


Confira este vídeo de um pregador que vasculhava o orkut das pessoas e depois profetizava no culto. Mediante a isso precisamos ter discernimento para não sermos enganados por movimentações e não unção de Deus que ocorrem por aí.




Confira todo o vídeo no youtube- Pr. desmascarado


Fique na Paz de Jesus

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Teologia da prosperidade e a doença


Nos dias de hoje é notável o crescimento de pregações que priorizam a riqueza e a saúde a qualquer custo. Porém surge uma questão a ser resolvida diante destas perguntas: “o crente pode ficar doente ou morrer devido a alguma doença?”. Certamente muitos de forma enfática diriam “não”, mas muitos outros diriam “sim”, pois buscam entender o que a Bíblia ensina sobre esta questão. Os que dizem “não’ se fundamentam em suas próprias definições, usando a Bíblia como pretexto para defender suas idéias mirabolantes, baseando-se em uma teologia que afirma que o crente deve se apropriar dos benefícios do texto de Isaias 53.4-5 e que o crente “verdadeiro” nunca deveria contrair qualquer doença, usando textos fora de seus contextos, algo totalmente inaceitável para uma hermenêutica saudável, como uma frase muita conhecida “um texto sem contexto é um pretexto para heresia”. Devido ao crescimento absurdo de tal teologia no Brasil nas últimas décadas, se faz necessário entender de forma resumida como ela surgiu e quais são seus fundamentos, porém neste texto o objetivo é destacar a questão da doença conforme os defensores desta teologia acreditam e o que a Bíblia diz.

O surgimento da teologia da prosperidade
A teologia da prosperidade surge através de Essek William Kenyon que nasceu em 24/04/1867, Saratoga, Nova York, EUA, falecendo em 19/03/1948. Conforme Pierrat, ele tinha pouco conhecimento teológico e tinha afinidade com Mary Baker Eddy, fundadora da seita herética “Ciência Cristã”, que afirma que doença e a matéria não existem, simplesmente tudo depende da mente. Kenyon pastoreou igrejas batistas, metodistas e pentecostais, mas depois desligou –se dessas igrejas não tendo acordo com nenhuma delas. Sofreu influências das seitas metafísicas (além da física) como ciência de mente, ciência Cristã e Novo pensamento, que é precursor do “Movimento da fé”, que diz que tudo que você disser e pensar se tornará realidade, o poder da mente. Desenvolveu seus ensinos nos anos 30 a 40. Logo após vem seu discípulo Kenneth Haggin, autor de vários livros publicados no Brasil, tendo como ensino a chamada confissão positiva, entendendo que se pode obter tudo de Deus desde que confessando em voz alta, não duvidando da obtenção da resposta. Sofreu criticas dos seus escritos por serem muito parecidos com os livros de Kenyon, mas sempre se defendeu dizendo que não era plágio e sim revelações diretas de Deus como o mesmo conteúdo. Porém nem mesmos os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, apesar de serem semelhantes não são idênticos. Outro nome referente a tal teologia é Keneth Coopeland, seguidor de Haggin, que certa vez disse que “Satanás venceu Jesus na Cruz” (Hanegraaff, pg. 36). Porém um nome muito conhecido no Brasil é Benny Hinn, que fez muito sucesso quando esteve por aqui e também devido aos seus livros. Benny diz também ter tido uma revelação de Deus de que as mulheres originalmente deveriam dar à luz pelo lado de seus corpos e que Jesus “... assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a natureza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus”. Tal declaração se encontra no trabalho crítico de Hank Hanegraaff, Cristianismo em Crise, editado pela CPAD (p. 36, 166). Estes são alguns nomes conhecidos dos defensores da teologia da prosperidade, vejamos agora alguns pontos que eles se baseiam que devemos entender.

Fundamentos

1. Autoridade espiritual - Profetas. Segundo Kenneth Hagin, Deus tem dado autoridade, isto é uma “unção” especifica aos profetas dos dias atuais com a mesma autoridade que tinham os profetas no Antigo Testamento e diz receber revelações diretas do Senhor. Porém é certo que o ministério profético do Antigo Testamento durou até João Batista (MT. 11.13). Ser profeta nos dias atuais é ser ministros da Palavra (Ef. 4.11) e o dom da profecia (I Cor. 12.10) é diferente da autoridade profética do A.T.

2. Autoridade das revelações. Acreditam ter total autoridade das revelações baseadas em “experiências” como, visões, profecias, entrevistas com Jesus, curas, nuvens de glória, etc. E dizem que quem rejeitar seus ensinos “serão atingidos de morte, como Ananias e Safira” (Pierratt, p. 48).

3. Homem são deuses. Diz Haggin: "Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi..." (Hagin, Word of Faith, 1980, p. 14). "Você não tem um deus dentro de você. Você é um Deus" (Kenneth Copeland, fita cassete The Force of Love, BBC-56)

4. O cristão não deve adoecer. Ensinam que todo o cristão deve esperar viver 70 ou 80 anos, ainda mais sem dor e sofrimento, quem for acometido de alguma doença é porque não reivindica os seus próprios direitos diante de Deus ou porque não tem fé (Pierrat, p.135). O texto de Isaias 53 é algo absoluto, sendo assim não existe mais doença para o crente, pois fomos sarados. (Detalharemos este ponto mais adiante).

5. O Cristão não pode ser pobre. Os discípulos de Haggin, acentuam que o cristão deve ter casa nova própria (é inadmissível morar em casa alugada), deve se vestir com as melhores roupas, vivendo uma vida luxuosa. Porém a Bíblia não enaltece a riqueza, mas também não a proíbe, desde que esta seja adquirida de forma honesta. Mas o apóstolo mais uma vez nos ensina o que aprendeu, isto é, contentar-se em todos as situações (Fp. 4.11,12; I Tm. 6.8). O nosso Cristo em nenhum momento pregou prosperidade as pessoas, mas somente o reino de Deus, enfatizando que estes deveriam ouvir suas palavras (João 15.7). Também disse que a vida não se constitui de riquezas (Lc. 12.15). Após Jesus os apóstolos não foram pessoas ricas, nem possuíam extraordinários bem materiais, por saberem do perigo das riquezas (I Tm. 6.7-10).
São muitos os absurdos que os defensores da teologia da prosperidade acreditam, sendo totalmente deturpações bíblicas e fantasias da mente humana. Neste momento focaremos a seguinte questão, “o crente pode ficar doente”? Vejamos:

O ser humano é mortal
Certamente o homem não foi criado para morrer fisicamente, foi criado para viver eternamente, mas devido ao pecado pelo fato de ter ouvido a serpente a humanidade sofreu a conseqüência, isto é a morte, “Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte a terra visto que dela foi tirado: porque você é pó e ao pó voltará” (Gênesis 3.19). A morte física é uma doença, envelhecer também é uma doença. Segundo os médicos, o ser humano nasce e tem sua trajetória até por volta dos 35/40 anos de forma crescente, ou seja, no ápice físico. Porém a partir daí começa outra trajetória, a decrescente na qual chega a morte, chamada “morte natural”. Desta forma decrescente o corpo começa a morrer devido ao envelhecimento biológico. Assim a morte que é uma realidade que todos enfrentaremos manifestasse muito antes do que imaginamos, isto é no meio da vida do homem. Desta forma vem a ser uma doença que começa a se manifestar no meio da vida do homem e se acentuará na sua velhice levando o a morte física.
Então diante destes fatos o crente pode ficar doente? Pode morrer doente? Observemos alguns personagens bíblicos tiveram doenças sendo grandes homens de Deus.
O profeta Eliseu (2 Reis 13.14a, 20). “Ora Eliseu, estava sofrendo da doença da qual morreria. Então Eliseu morreu e foi sepultado”. Isaque, “Tendo Isaque envelhecido, seus ossos ficaram tão fracos que ele já não podia enxergar”(Gênesis 27.1). Timóteo “Não continue beber somente água; tome também um pouco de vinho, por causa de seu estômago e das freqüentes enfermidades” (I Timóteo 5.23). Porque Paulo sendo seu pai na fé e apóstolo não ministrou a cura para Timóteo?. Trófimo “Erasto permaneceu em Corinto, mas deixou Trófimo doente em Mileto (2 Tm. 4.20). O próprio apóstolo Paulo ficou doente (Gal. 4.13-15), e agora será que ele estava em pecado?. E ainda mais sofria com o espinho na carne (II Cor 12.7-9). E nem podemos esquecer o que Jesus disse: “No mundo, tereis aflições...” (João 16.33). No tanque de Betesda havia vários doentes, mas Jesus só curou um paralitico (João 5.3,8,9), pois Jesus fazia a vontade do Pai (João 8.28,29).
Tudo isto serve para demonstrar que nossa vida está nas mãos de Deus e nada depende de nós neste contexto, pois na vida do crente em Cristo não há acaso, ou destino, mas sim a vontade de Deus como nos diz I João 5.14: “E esta é a confiança que temos nele: se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”. O que não podemos fazer é retirar da palavra de Deus versículos isolados e dizer o que se bem entende. Quando isto acontece surge uma inversão de posições, Deus criador passa a ser criatura, e a criatura se torna criador, colocamos Deus para nos servir, algo que deveríamos fazer. Porém isto não limita o poder do nosso Deus, ELE CURA se quiser, o comando vem dele, aquele que ministra a cura nada mais é um instrumento de Deus e que deve orar sim, para que o doente seja curado (Tiago 5.14), mas sempre no final da oração deve dizer: “seja feita tua vontade”, como nos ensina Jesus em Mateus 6.10.
Os defensores de tal idéia acreditam que se algum cristão está doente é por falta de fé ou possessão demoníaca, porém segundo nos ensina o apóstolo João em sua primeira carta “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não atinge” (5.18). Então precisamos nos render a soberania de Deus pois, o poder está em Deus e não na fé. Seguindo esta linha de pensamento aqueles que pregam a cura é somente pela fé deveria também afirmar que o crente não pode morrer.
Diante destes fatos o que devemos fazer? Voltemos para a Bíblia Sagrada e aprendamos dela sempre como disse o apóstolo Paulo a Timóteo: “Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que julgará todos os seres humanos, tanto os que estiverem vivos como os que estiverem mortos, eu ordeno a você, com toda a firmeza, o seguinte: por causa da vinda de Cristo e do seu Reino, pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda a paciência. Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade para dar atenção às lendas. Mas você, seja moderado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um pregador do evangelho e cumpra bem o seu dever de servo de Deus”. (II Tm 4.1-5). Nem todos os que dizem pregar a verdade, a pregam-na realmente (Mateus 7.15-23).
Muito claro as palavras do apóstolo João; “Todo que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus. Quem permanece no ensino, esse tem tanto o Pai como o Filho”. II João 1.9
Diante destas afirmações bíblicas, estejamos atentos a estes falsos ensinos, tendo como exemplo a atitude dos Bereanos que ouvindo a pregação do apóstolo Paulo examinavam diariamente as Escrituras para saber se o ensino de Paulo era correto (Atos 17.11).

Continue crendo no poder de Deus sobre tudo e todos, e aprendamos sempre da Palavra de Deus!!!

Por André Rubinho
Bibliografia

- Bíblia de estudo N.V.I
- Bíblia Sagrada Almeida Século 21
- Bíblia de estudo apologética
- GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era. Abba, S. Paulo, 1993.

- HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, Rio, 1996.

- ROMEIRO, Paulo. Super Crentes. Mundo Cristão, S. Paulo, 1993.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quando a graça é desvalorizada


Certa vez uma chamada de reportagem sobre autoflagelo na TV e de repente apareceu a imagem de um homem pagando promessas de joelho que dizia: “Se Jesus sofreu porque não devemos sofrer”. Esta frase me levou a pensar o quanto a graça de Deus é desconhecida e desvalorizada por muitas pessoas que estão aprisionadas por seus próprios conceitos, que receberam talvez de seus pais, que por sua vez receberam de seus antepassados através de uma religiosidade e desconhecem realmente quem é Jesus.
Porém devemos relevar e perceber que tal conceito equivocado se encontra dentro de muitas igrejas “evangélicas” no Brasil, na qual levam seus membros a serem salvos por Cristo mediante aos seus próprios méritos ou obras e acabam destituindo a graça de Deus. Para entendermos melhor vejamos o significado de graça. A graça é uma palavra latina traduzida do grego Charis, que significa; graciosidade, benevolência, favor ou bondade. Nada mais é do que um presente de Deus para toda a humanidade.
A Bíblia nos diz em Efésios 2.8,9; Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.
Nada podemos fazer para conquistarmos a salvação por méritos próprios, pois Jesus Cristo já nos presenteou com ela, basta somente recebê-lo como Salvador de nossas vidas e viver uma vida de dedicação ao reino de Deus. Como Paulo nos diz em Tito 2.11; Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens e o Apóstolo João em I João 2.2 nos diz: E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
Porém este receber Jesus como Salvador não diz respeito a “aceitá-lo” quando convidado a ir à frente da igreja e repetir palavras ditadas pelo pastor ou por alguém. O aceitar a Cristo é no dia a dia através de uma transformação interna e demonstrações exteriores daquilo que ocorreu internamente, e tudo isso devido a ação regeneradora do Espírito Santo. Por isso devemos tomar muito cuidado com aqueles que por muitas vezes dizem ter “aceitado à Cristo” e continuam a viver uma vida desregrada sem ter a Palavra de Deus como direção. Não podemos esquecer dos liberais que se apóiam na graça para pecarem, dizendo “Cristo perdoa todos os nossos pecados, pra que se preocupar?”. Porém o Apóstolo Paulo nos ensina em Romanos 6.1,2: Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
Mediante a isto devemos entender que Cristo nos deu a liberdade (Galatas 5.1), porém esta liberdade não é para fazer o que queremos, mas o que devemos, isto é, não sujeitar-se ao pecado e fazer a vontade de Deus.
Outra questão absurda sobre a graça é condicioná-la a uma lista de regras que devem ser seguidas de uma maneira que servir a Deus se torna um fardo incarregável e totalmente punitivo. Isso nada mais é que legalismo que condiciona a salvação a fatores externos, como vestimentas, cabelo, não jogar bola, não assistir TV, não ir ao cinema, entre tantas outras coisas. Tudo isso demonstra um desconhecimento total da graça de Deus, que nos mostra que a salvação requer de nós uma continua vida de santificação ao nosso Deus, mas nada disso diz respeito a fatores externos e sim internamente. Vivamos então a verdadeira graça de Deus em todo o tempo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Entrega




Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. Salmos 37.5

O ser humano por si só vive numa busca constante por sentido na vida e acaba entrando caminhos tortuosos, errados e não encontram sentido em nada. Desta forma o salmista nos ensina como agir na vida.
Neste texto a palavra hebraica traduzida entrega significa “rolar”. No sentido de se desfazer de um fardo colocando sobre algo ou alguém. Como um viajante que ficaria muito tempo distante abaixava o camelo ao chão e rolava sobre ele suas muitas bagagens. O salmista nos chama a atenção a colocar sobre Deus todos os nossos fardos, dificuldades, aquilo que não conseguimos fazer com nossas próprias mãos tendo convicção e certeza que somente ele pode tirar este peso das nossas costas, tanto é que nos enviou e seu próprio filho para carregar o fardo dos nossos pecados para que fossemos livres. O que acontece geralmente é que em muitos momentos não conseguimos pensar e até mesmo agir desta maneira, pois quando nos encontramos em alguma situação delicada na vida logo pensamos; o que fazer agora? É nestes momentos onde parece que não há mais nada a fazer, onde não há respostas para nossos questionamentos que devemos sobrepor os nossos conceitos que acreditamos ser o mais correto e simplesmente nos entregar e colocar nas mãos de Deus nossas impossibilidades. E com todas as nossas forças manter esta atitude em oração em todo tempo. Porém não basta somente colocar sobre Deus os nossos fardos, há uma condicional no texto, confiar. Este ato é como a de um filho na beira de uma piscina que avista o seu pai dentro dela, então se joga, pois sabe que cairá nos braços dele e nada de ruim acontecerá. Confiar em Deus é da mesma forma, se entregue e confie, Ele sabe o que faz e certamente será sempre o melhor para nós. Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai de vocês, que está no céu, dará coisas boas aos que lhe pedirem! (Mateus 7.11 N.T.L.H)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Existe profeta nos dias de hoje?


Antes de respondermos a questão, se faz necessário entender, de forma resumida a definição do termo profeta no Antigo e Novo Testamento; para exatamente exemplificar qual a função dos profetas nos dias de hoje, desmitificando algumas divergências em relação a tal função nos nossos dias.
No Antigo Testamento, existem três vocábulos hebraicos principais para profeta. Começando pelo primeiro termo, navi, que significa o ato de designar alguém como Arauto. Neste sentido o primeiro termo usado para profeta tinha como papel proclamar, anunciar. O primeiro homem a ser chamado de profeta (navi) foi Abraão (Gênesis 20.7) e posteriormente Moisés (Deut 18.15).
O segundo termo hebraico para profeta é ish elohim, homem de Deus. Este termo é mostrado como uma pessoa de confiança de Deus e as pessoas vêem isso na sua vida. Não é um título auto-denominado, onde a pessoa aplica a si mesmo como sendo um homem de Deus, para gloriar-se. Era um reconhecimento das pessoas para com o profeta. A sua apresentação como profeta era seu caráter.
O terceiro termo para profeta é demonstrado por duas palavras ro’eh e hozeh, as duas se intercambiam no uso e ambas tem o sentido de vidente. Todos os profetas eram chamados por Deus para exercer tal função não era uma escolha própria.
Depois de entender o termo profeta no Antigo Testamento, faz-se necessário entender também a função da profecia, antes de descrever a função do profeta no Novo Testamento. Segundo o escritor Gleason Archer, existem quatro funções básicas da profecia entre os hebreus.
1) O profeta tinha a responsabilidade de encorajar o povo de Deus a confiar de forma exclusiva em sua graça e poder. 2) O profeta tinha a responsabilidade de avisar ao povo que sua segurança dependia de fidelidade à aliança. 3) O profeta devia encorajar Israel quanto às coisas futuras. 4) A profecia era autêntica em termos de previsão, quando se cumpria. Todos estes aspectos juntos definiam o profeta no Antigo Testamento.
No Novo Testamento encontramos profetas na Igreja e a profecia é mostrada como sendo um dom. O contexto do Novo Testamento difere do Antigo Testamento e também é diferente até dos nossos dias. Temos um profeta que prediz o que aconteceria com Paulo (At 21.11,12) e depois profetiza uma grave fome no Império Romano (At 11.27-30), mas a base de tudo isto, é: “A igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas” (Ef 2.20), eles eram a voz de Deus naquele momento da igreja. Existe profeta nos dias de hoje? A resposta é sim, mas a voz de Deus hoje é a Bíblia, o profeta então, deve saber interpretá-la e deve saber comunicá-la, nunca ultrapassá-la ou acrescentar mais coisas. Toda e qualquer revelação devem estar igualadas ao ensino das Escrituras. Não deve se pensar que ser profeta nos dias de hoje é igual aos profetas do Antigo Testamento, é bem diferente. O oficio do profeta hoje está abalizado em I Coríntios 14.4b “aquele que profetiza edifica a igreja”, isto é, sendo um edificador da igreja como um todo.
O grande problema nos nossos dias é que o termo “profeta” tem perdido muito o seu significado bíblico dentro de muitas igrejas. Ser profeta hoje é Status, é tido como uma pessoa extremamente especial, de um alto nível de espiritualidade. Mas a questão é que as mensagens proferidas por estes por muitas vezes são “sem pé, nem cabeça”, profetizam coisas óbvias, algo que qualquer pessoa poderia dizer a outrem, não é algo especifico, íntimo em que só a pessoa tem conhecimento. E desta forma são taxados como pessoas espirituais e íntimas com Deus, mas espiritualidade não está ligada ao fato de falar em línguas ou profetizar, mas sim ao fato de ter uma vida de caráter em tudo que se faz, vivendo a Palavra no dia a dia e não somente em momentos específicos.
Outro fator que devemos entender é que ser profeta não é possessão espírita. O profeta é um homem que esta em posse de suas faculdades intelectivas, tem consciência do que está fazendo. Não é possuído por uma entidade fora de si, como se fosse um médium. Ser tomado pelo Espírito Santo não invalida a pessoalidade. “o espírito dos profetas está sujeito ao controle dos profetas; porque Deus não é Deus de desordem, mas sim de paz” (I Cor 14.32-33). Ser um homem de Deus não quer dizer que não é preciso estudar, refletir, amadurecer e crescer de forma espiritual e no estudo teológico.
Outra situação trágica que faz parte de nossa realidade é o culto a personalidade. Os profetas se tornam o centro do culto e a igreja o público, como em um show a espera do astro. Porém o centro do culto deve ser Deus e nada mais (Salmo 100).
Muitas são as nomenclaturas criadas para estas pessoas, como estas que certamente você ouviu alguma vez; O “santo homem de Deus”, “o homem de palavra poderosa”, “o homem cheio de Deus”. Eles enchem as telas da televisão, as rádios divulgando ensinos extra-bíblicos de forma vergonhosa e abusiva. Tudo o que dizem é uma “verdade de Deus”, exaltam a si mesmos e usam sempre a mesma terminologia, “Deus está me dizendo”, quem vai dizer que não, pois se denominam cheios do poder de Deus e os outros são meramente carnais.
É preciso ter cuidado pois, o que mais tem se levantado nestes dias são “falsos profetas” que prometam “mundos e fundos”, usando o nome de Deus, mas não sendo usados por Deus.
O que deve aproveitar de tudo isso, é que se você quer ser um profeta de Deus, que o seja de forma verdadeira, lutando e expressando toda a sua força pregando a “Verdade”, mas qual verdade?, A única e absoluta, A Palavra de Deus, como o apóstolo Paulo disse: “Ai de mim, se não pregar o evangelho” (I Cor 9.16). Seja leal a verdade, pois sua vida é para a glória de Deus e não glória pessoal buscando ser reconhecido (I Cor 10.31). Deixe Deus aparecer na sua vida, e então as igrejas não ficaram cheias de pessoas vazias, mas sim pessoas cheias de Deus e edificadas.

Graça e Paz

Bibliografia utilizada
FILHO, Isaltino Gomes Coelho. Ética dos profetas para hoje. Ed. Êxodus. São Paulo, 1997.
DOUGLAS, J.D. O Novo Dicionário da Bíblia. Ed. Vida Nova. São Paulo, 1997.
ARCHER, Gleason L. Junior. Merece confiança o Antigo Testamento?. Ed. Vida Nova. São Paulo, 1984.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Pastores por opção e não por vocação



Pois os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. Romanos 11.29

Nos nossos dias temos visto surgir várias denominações e através destas surgem pastores autodenominados, se baseando em revelações e profecias que dizem ser da parte de Deus e assim se encontram fundamentados em suas próprias experiências com Deus, e ai de quem dizer o contrário.
Por isso devemos prestar muita atenção a Palavra de Deus e entender que ser pastor não é simplesmente fazer um curso teológico e exercer tal função, nem tampouco um cabide de emprego para quem está desempregado, nem sequer uma promoção eclesiástica. Ser pastor é uma VOCAÇÂO e não opção. A palavra vocação etimologicamente deriva do verbo latin VOCARE que significa “chamar”. É a tradução do termo “vocatione” que quer dizer chamado, apelo, convite. Isto deixa claro que não é uma escolha feita pela própria pessoa, mas sim uma escolha feita por Deus na eternidade, é um dom divino (Efésios 4.11,12). A Vocação vem a ser o chamado do Pai por meio de Jesus Cristo na força dinamizadora do Espírito Santo.
A problemática é que muitos gostam de ter o “título” de pastor, não para apascentarem as ovelhas; cuidar; alimentar; espantar os lobos; curar as feridas, mas sim com o intuito de coagi-las a agir segundo sua própria vontade de forma autoritária, pois sua palavra tem sempre que prevalecer, por sempre estar “certo” e debaixo da “direção” de Deus, suas palavras são irrevogáveis. E ainda usurpam dos bens dos fiéis como um método de enriquecer. Mas aquele que é vocacionado não vê o ministério como uma forma de obter sucesso pessoal, riquezas, fama, nem reconhecimento, mas como uma forma de proclamar o reino de Deus aquele que precisa ser salvo, e não só salvação para a alma, mas o ser humano como um todo. O verdadeiro pastor vocacionado não age por impulsos, como um ditador, mas sim conduzido pelo Espírito Santo. Não prega a Palavra de Deus como meia verdade, e sim como ela realmente é, não para agradar a homens, mas a Deus. Sempre está pronto a dar a sua vida pelas ovelhas, só pelo simples fato de seu coração estar repleto de amor e compaixão, até mesmo com a ovelha mais problemática e rebelde.
Por isso devemos estar vacinados contra falsos pastores que tem surgido, ensinando absurdos, usando a Palavra como pretexto para aquilo que querem disseminar, sem tampouco terem a vocação de Deus.

Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. 2 Pedro 1.10

Pr. André Rubinho

Sola Scriptura

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Deus me disse!!!



Em muitos momentos e frequentemente ouço esta frase “Deus me disse para te dizer isso....”, “estava orando e Deus falou comigo”. O Problema é que esta frase utilizada por muitas pessoas no meio evangélico tem sido utilizada de forma pejorativa, no sentido de manipular as pessoas e direcioná-las por caminhos que na maioria das vezes Deus não tem nada a ver com a história. Sendo assim não são usadas por Deus, mas usam Deus.
Desejam ser o centro das atenções, para demonstrar a quanto são “espirituais”. Quando dizem “Deus me disse” por várias vezes parecem que ouviram Deus falar de forma tão audível que aqueles que ouvem se sentem reprimidos a cumprir tal requisito de Deus de forma irrevogável. Certamente não podemos deixar de relevar que uma experiência com Deus é pessoal e somente aquele que a tem compete dizer de forma verdadeira ou usar do “Deus me disse” como um meio para um fim, porém esta experiência pessoal nunca pode estar acima da Palavra de Deus, antes essa deve ser julgada por ela e se estiver além da doutrina bíblica deve ser rejeitada (I I João 1.9).
Por isso aquele que “recebe” uma palavra de alguma pessoa dizendo ser Deus quem disse, deve ser analisada e principlmente julgada, pois a Palavra de Deus é nossa regra de fé e conduta. Tais pessoas se consideram profetas como eram os profetas no Antigo Testamento, porém o ministério profético durou até João Batista (MT. 11.13), nos nossos dias existem profetas como ministros da Palavra de Deus que é maior e perfeita profecia já existente , e aqueles que possuem o dom da profecia.
O escritor de Hebreus nos deixa claro está questão: “Antigamente, por meio dos profetas, Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos antepassados, mas nestes últimos tempos ele nos falou por meio do seu Filho. Foi ele quem Deus escolheu para possuir todas as coisas e foi por meio dele que Deus criou o Universo”. (1.1,2.)
Por isso a nossa base como igreja de Deus deve estar alicerçada em Efésios 2.20: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra de esquina”.
Então não perca tempo deixando ser manipulado por profecias sem fundamento e óbvias demais, é necessário crescermos e nos tornarmos maduros o suficiente para entendermos que Deus não quer simplesmente que ouçamos sua Palavra nos cultos de final de semana, e sim que a coloquemos em prática como nos ensina Tiago em sua carta: “Sede praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando a vós mesmos”
(1.22).


Soli Scriptura.