sexta-feira, 1 de março de 2013

Enquanto o fim do mundo não chega...


No final de 2012 mais uma vez disseram que o mundo iria acabar com data marcada segundo o calendário maia. Porém estamos aqui vivos e tudo da mesma forma com antes. Nesse caso nós que somos cristãos o que devemos fazer ouvindo tantas bobagens referentes ao fim do mundo, já que em alguns momentos líderes supostamente evangélicos tentam também definir datas para a volta de Jesus ou quando surgirá o anti-Cristo, será o novo papa que substituirá Bento XVI? São estes os pensamentos que vagueiam no imaginário evangélico, onde alguns líderes que tem poder de persuasão em seus discursos acabam influenciando seus seguidores a pensarem da mesma forma ouvindo pregações sem pé nem cabeça, falando de assuntos que nem a própria Bíblia não deixa claro. Talvez porque se tornaram detentores de uma “verdade” que nada tem de verdade e acabam enganando a muitos que na ânsia de resolverem seus problemas existenciais acabam creditando sua fé num deus criado por tal líder. Se preocupam com o momento e não com o eterno. Se preocupam apenas consigo mesmo, e nem um pouco com o próximo ou se preocupa somente quando o próximo pode lhe ajudar em algo que lhe dê lucro. Desta forma enquanto o fim do mundo não chega, o que nós que nos preocupamos em cumprir o ide de Jesus estamos realizando? Estamos pregando um evangelho que se preocupa com o pobre, injustiçado, marginalizado, aquele que para o qual ninguém fixa o olhar e nem um menos lhe oferece um abraço. Talvez pregamos uma mensagem correta com a proposta da cruz, porém a prática esta distante do discurso. Será que estamos sendo igreja que impacta e causa transformação social, que não só discursa, mas olha para o homem como um todo, não só sua alma. Orar para que Deus abençoe uma pessoa que está com fome não muda a realidade dela, oração não enche barriga, você é o agente de Deus para transformar a realidade dessa pessoa.  Fazer com que a pessoa professe Cristo com a boca é até fácil, e a pessoa como está no sentido de alimentação, moradia, emprego? São coisas que não nos preocupamos, mas que são fundamentais. Pode ser que você diga: “mas eu não posso resolver o problema do mundo inteiro”, ou diga que não tem dinheiro para fazer coisas grandes. Certo, porém tenho certeza que a realidade de uma pessoa você pode mudar.
Todos os dias ligamos a TV e ficamos perplexos com noticias sobre nossa política. A notícia mais atual é a presidência do Senado nas mãos de Renan Calheiros, homem no qual tem provado incapaz por suas ações de assumir tal posição. Reclamamos de Renan Calheiros, todavia o que fazemos para que ele não continue como presidente do senado. Façamos algo ou nos omitamos e aceitemos sermos conduzidos por homens de caráter dúbio e fálico.
Devemos esperar pela volta de Cristo, mas será de braços cruzados com filhotes de passarinho a esperar por alimentação. Acredito ser o momento de combatermos esse evangelho maldito e corrompido por líderes débeis sendo mais atuantes como igreja de Cristo. Evangelho para o homem todo, enquanto o fim do mundo não chega!   

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Política Vs Cristianismo


Em nossos dias estamos vivenciando uma política corrupta e degradante, melhor dizendo há muito tempo. Hoje certamente piorou, as pessoas estão cada vez mais desacreditando dos políticos. Antigamente os jovens lutavam pelo bem comum, pintavam seus rostos por seus ideais. Em nossos dias muitas pessoas com quem conversamos acreditam que o melhor voto é o nulo, já outros votam por votar, votam em qualquer um e acabam elegendo artistas/humoristas sem acreditar que haverá alguma mudança no cenário existente. Outras votam por camaradagem ou em troca de algum benefício do político. Há poucos dias vimos na televisão mais um escândalo com participação de vários partidos políticos envolvidos em trocas de favores e favorecimento de licitações. Certamente como diria um jornalista conhecido “- Isto é uma vergonha”. Mas diante deste fato o que nós como igreja de Cristo na terra estamos fazendo? Há pouco tempo atrás a política era demonizada pelos cristãos evangélicos, e aquele que se envolvesse era taxado de perdido e sem compromisso com o cristianismo. Mas será isto uma verdade ou criação de alguns líderes e denominações evangélicas? Ou será mais fácil nos eximirmos de nossa responsabilidade neste mundo no qual vivemos? Alguns “espiritualistas” podem até dizer: - Nossa cidadania não é deste mundo! Certamente não é! Mas isso não nos tira nem um pouco a responsabilidade de sermos sal da terra e luz do mundo, proclamando a mensagem do reino também através da política. Acredito que ficarmos sentados esperando as coisas melhorarem não resolverá nada. Não somos deste mundo, mas vivemos nele. Enquanto a igreja fecha suas portas e se enclausura, os ímpios se levantam, proclamam suas idéias e vencem. É mais cômodo ficarmos escondidos e assim crescendo “aparentemente” do que ser perseguidos por termos ideais incompatíveis com este mundo.  Percebo que este é o momento de nos preocuparmos com este assunto e nos definirmos sobre esta questão. Devemos ser uma igreja relevante e verdadeira em seus objetivos não se vendendo a uma política interesseira e egoísta, mas uma política pura em sua essência que é o bem comum na luta por uma prática social transformadora. Nossa fé cristã deve ser pró-ativa e não reativa, não pode ser discursiva, mas em atos e fatos visíveis. Jesus não ficou somente nas palavras, ele se preocupou com as pessoas, isto é, com os cegos (Mateus 9.28-30), paralíticos (Marcos 2.1-12), no geral com os doentes (Mateus 14.14) e marginalizados. Preocupava-se com o que não tinham o que comer (Marcos 8.8) e isto sempre movido por intima compaixão (Mateus 20.34). Como Jesus devemos lutar pelos que são oprimidos pelo sistema político injusto. Fazendo assim nossa prática cristã é também uma prática política e isto começa pensando e repensando em quem votamos, pois este será o nosso representante. Não fazer nada é não estar cumprindo a nossa missão como cristãos nesta terra. Sejamos igreja de verdade!

Por André Rubinho

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

2011 tem que acabar ou você que tem que mudar?




O ano de 2011 está chegando ao fim. Talvez você diga: - “E como passou rápido”. Porém fico a me perguntar o que eu fiz em 2011? O que gostaria de ter feito e não fiz? O que mudou? O que eu fiz em prol ao reino de Deus e ao próximo? Então começo a refletir e vejo que os dias passaram e ao invés de nos aplicarmos naquilo que realmente vale a pena, nos aplicamos em coisas temporais e efêmeras que de nada valem a não ser por um momento. Algumas coisas deveriam ter mudado em nossas vidas, talvez atitudes, posições, determinações e até mesmo hábitos antigos da velha natureza que ainda persistem. Mais um ano passou e o que eu fiz pelo próximo? Será que o nosso coração sentiu compaixão pelo pecador e pelo necessitado, será que a oportunidade de estender a mão estava diante de nós e viramos as costas. É mais fácil fechar os olhos e coração do que realmente encararmos a realidade. É momento de repensarmos se nossa identidade de cristão só está no nome e começarmos a exercermos a praticabilidade do evangelho integral e exercermos a possibilidade de sermos influência positiva na vida daqueles que merecem a nossa atenção. Não quero ser extremista e achar que devemos ajudar a todos pois isto foge em algumas situações de nossa atual realidade econômica talvez. No entanto não devemos nos preocupar em fazer algo para um grupo, e sim, para uma pessoa somente mudando sua realidade e devolvendo-o sua dignidade. Não digo isto só pelo pobre e necessitado materialmente, mas pelo pobre e miserável espiritualmente, isto é o necessitado de Deus, de uma nova vida. Devemos agir assim pelo simples fato de só mudará algo em nossas vidas quando abrirmos mão de viver para nós mesmos e fazer o melhor pelo outro. Não com desejo de receber algo em troca e nem de achar que está agradando a Deus por tal atitude. Devemos agir assim com total desprendimento de méritos próprios e relevando e transferindo toda a glória a Deus que fez muito mais do que merecíamos enviando seu filho por amor a nós pecadores imundos, sujos, contaminados pelo podridão dos pecados. É hora de abrirmos os olhos e não nos preocuparmos com a mudança de ano e sim com a mudança de atitude de nossas vidas em 2012. O meu desejo em 2012 é ser relevante na vida próximo, sem falácias, nem com discursos, mas em atitudes verdadeiras. Que este pode ser o desejo do seu coração também, não espere o ano chegar ao fim para mais uma vez dizer: - Eu preciso mudar!

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Por André Rubinho

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Confiabilidade

Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o segredo. Provérbios 11:13


No mundo em que vivemos a cada dia muita coisa muda, algo que era relevante há um tempo, hoje é absoleto. Conceitos que eram definidos como imutáveis, mudaram. Porém existem alguns conceitos que não se desfazem com o tempo. Nesta reflexão gostaria de abordar algo que certamente é válido para nossos dias. O tema a ser abordado é confiabilidade. Segundo a definição do dicionário Michaellis, Confiabilidade significa: qualidade ou estado daquele ou daquilo em que se pode confiar. Diante desta declaração surgem as perguntas, você é confiável? As pessoas ao seu redor podem dar credibilidade ao que você fala? Você é capaz de guardar segredos? Seu patrão pode acreditar em você? Você é responsável? Diante destas questões fico a pensar em nossa sociedade que a todo o momento se corrompe simplesmente pelo desejo de “se dar bem”, ou de conseguir algum benefício mais rápido sem esforço. Nos relacionamentos alguns demonstram aparentemente ser confiáveis, mas logo aparece quem é de verdade. São confiáveis momentaneamente até conseguirem o que realmente querem. Outros parecem ser confiáveis na sua frente, mas quando se vira as costas tentam difamá-lo de todas as formas possíveis. Demonstram ter boas intenções, mas o coração está cheio de maldade. No entanto alguém confiável é aquele que está junto em qualquer momento da vida do outro, não mede esforços para ajudar, não faz nada querendo algo em troca. É humilde de coração e não de palavras e aparência. Pensa antes de falar de algo ou alguém sem este estar presente. Definitivamente acredito que aqueles que forem realmente confiáveis encontrarão espaço em todos os ramos da sociedade, pois o que menos encontramos em nossos dias são pessoas confiáveis nas quais podemos contar nossas falhas, fracassos, fraquezas sem ser condenado ou julgado. Seja confiável e terá muitas oportunidades. Que Deus nos ajude a sermos pessoas dignas de confiança.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SAL DA TERRA E LUZ DO MUND0


Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.(Mateus 5.13 a 16)

O que realmente é ser sal da terra e luz do mundo? Na verdade Jesus não nos diz para sermos sal e luz, Ele simplesmente diz “Vós sois sal da terra. Vós sois a luz mundo”. É diferente buscar ser do que já ser. Todo aquele que se entrega a Jesus é membro do seu reino e seu discípulo, por isso já somos sal e luz. Segundo Itamir Neves de Souza, “o sal atua de forma interessante: não aparece, mas vai penetrando. Ele muda os elementos com os quais mantém contato”. (SOUZA, Pg. 95). Naqueles dias o sal tinha o poder de conservar, preservar e combater a corrupção. Se os discípulos de Cristo não forem capaz de exercer as mesmas funções, para que servem? Como nos relata o texto para nada serve, a não ser jogado fora e pisoteado. O cristão que não faz diferença nos lugares por onde passa ou que não quer ser descoberto não está exercendo a função de sal. O discípulo de Cristo não pode deixar de mostrar quem ele é, deve acima de tudo lutar contra tudo que é corrupto. Ainda mais, deve lutar contra toda a podridão, principalmente em dias onde se valoriza o que dá certo, não o que é certo. Jesus segue dizendo que somos a “luz do mundo”. Luz esta que não deve ficar escondida, mas sim iluminar, refletindo a luz de Cristo. Porém o que vemos hoje é a busca por evidenciar a própria luz, iluminando o próprio bolso, demonstrando ser do reino, mas não passa de fachada para auto-enriquecimento. No entanto, o que é discípulo de Cristo, deseja ardentemente demonstrar a luz de Jesus, através de uma vida reta pela palavra, levando a mensagem da cruz ao coração do pecador que se encontra em trevas.
Temos então que começar a exercer uma função positiva em meio a nossa sociedade, sendo cristãos de verdade, não apenas confessional. É hora de agir contrariamente ao ideal evangélico que estamos vivendo em nossos dias, é hora de pregar a verdade e não simplesmente agradar um “público” que busca por suas necessidades materiais somente. Chega de querermos agradar a todos com palavras sem sentido e sem nenhum fundamento bíblico, pois o que realmente tem o poder de transformar é Deus através da pregação de sua Palavra. Certa vez Russell Shedd disse: “É tão comum ouvir em nossos dias mensagens que apresentam pouca profundidade e reflexão e raro interesse em expor o sentido verdadeiro do texto bíblico”. É de extrema importância exercemos nossas funções de sal e luz, pois desta forma os que estão em trevas possam reconhecer quem somos e atribuir glória a Deus, lembre-se disso glórias a Deus e não ao homem. Todo aquele que diz ser cristão e busca glória para si, evita-o, e busque seguir os passos daquele que anseia dar toda glória a Deus.
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SOUZA, Itamir Neves de; MCGEE, John Vernon. Através da Bíblia, Comentário Bíblico de Mateus. Ed.R.T.M

terça-feira, 19 de julho de 2011

Estudo Bíblico sobre Tatuagem e Piercing*



CUIDADO PARA NÃO SERMOS
OS JUIZES DE DEUS...





Texto fora do contexto é pretexto para heresia...

Bem, antes de falar acerca do assunto, falarei de mim e meu contexto... Trabalhei por mais de 7 anos nesta área e fui sócio de um Studio em BH. Trabalhei como piercer e “body modi”, e sendo assim estou totalmente inserido no mundo da tatuagem e do piercing. As tattoo’s e piercings que tenho foram feitas após a minha conversão e todas as tattoo’s têm um significado pra mim que denota a minha fé.

Afirmo que o corpo é templo do Espírito Santo, uma verdade inquestionável... Só que o texto (I Co 6:19) fala de prostituição, de profanar o templo de Deus com o pecado, e não faz nenhuma alusão a qualquer coisa que lembre tatuagens, piercings, comer pimenta, fazer uma maquiagem definitiva ou outra coisa que agrida a pele ou qualquer outra parte do corpo.

Acredito que Deus possa falar ao coração de uma pessoa acerca de tatuagens e piercing’s, com o propósito da mesma não a fazer, ou até mesmo retirar as que têm, não duvido, porém não podemos esquecer que Deus trata com cada um de forma pessoal. Os planos d'Ele para a vida de uma determinada pessoa não são os mesmos para minha, e ambos podemos fazer a vontade d’Ele. Deus não faz acepção de pessoas, e exatamente por este motivo, uma pessoa que tenha os itens relacionados a este estudo, podem ser alcançadas pela mesma graça redentora. Rebeldia é algo muito mais complexo do que tatuagem e/ou piercing. Desrespeitar os pais, não amar seu próximo, julgar as pessoas pela aparência, com certeza é rebeldia.

Antes da época de Jesus, piercing’s e tattoo’s já existiam (Gn 24:22 e 47). Se "pendente de nariz" não é uma perfuração, então não sei mais o que é.

Poderemos ser a imagem de Jesus a partir do momento que vivermos o que Ele viveu, cumprirmos Seus designos e vontades, olhando as pessoas como Ele olhou, sem preconceitos e verdades pessoais, mas cheio de bondade, amor e as "boas novas do evangelho".

O que fazer?

O que a Bíblia fala: Se sua consciência (cristã, é claro) te condena, não faça. Sou membro da Caverna de Adulão, um ministério que trabalha TAMBÉM com pessoas que usam um visual “diferente”, tatuagens e piercings; pra mim, é uma questão cultural, é algo que gosto e que Deus nunca me cobrou.

PIERCINGS, EVANGELHO E CULTURA. *1


Piercings estão cada vez mais comuns em nossos dias. Algo que há menos uma década era olhado com reprovação e preconceito, é hoje visto em homens, mulheres, jovens e até crianças. Se a sociedade parece estar aceitando esses adereços cada vez com mais naturalidade, os cristãos parecem confusos a respeito. Afinal de contas, a questão da aparência ainda é assunto de grande discussão e controvérsia em muitos círculos evangélicos.

A primeira coisa que precisamos ter em mente quando o assunto é aparência pessoal, é que se trata de algo que muda com o tempo e com o lugar. Usos e costumes estão diretamente ligados à cultura.

Basicamente uma cultura é formada por três elementos: cosmovisão (a maneira como um povo vê o mundo), sistema de valores (o importante para aquele povo) e normas de conduta (o modo como um povo se comporta, e isso dizem respeito tanto à vestimenta, como ao modo de se relacionar com os outros, etc.).

Culturas são diferentes de acordo com sua cosmovisão, valores e normas de conduta. Arrotar em público após uma refeição é totalmente aceitável (e até louvável) em certas culturas, e repugnante em outras. Uma mulher com os seios à mostra é normal em muitos países da África (onde a mesma mulher não pode exibir as pernas acima do tornozelo) enquanto que o mesmo é obsceno em outras partes do mundo. Beijar na boca em público é normal aqui no Brasil, mas pode levar alguém à cadeia em certos países islâmicos. Nestes mesmos países islâmicos, um homem não pode andar de mãos dadas com sua esposa, mas pode andar de mãos dadas com outro homem. No Ocidente tal prática evoca idéias de homossexualismo. E por aí vai. Todas essas coisas são formas de expressão cultural. Podem ser um insulto ou algo escandaloso para os de fora (que não fazem parte da cultura), mas não são necessariamente erradas para quem é daquela cultura.

O fato é que nenhuma cultura é totalmente igual à outra e nenhuma está acima da outra. João viu no céu povos de todas as tribos, raças, línguas e nações (grupos étnicos). Todas as culturas possuem elementos que precisam ser valorizados e outros que precisam ser transformados pelo Evangelho.
Sendo a aparência pessoal é uma questão de expressão cultural, esta aparência também muda de acordo com a cultura. Pinturas na face e no corpo estão presentes em diversas culturas. Na Polinésia, os nativos usam a tatuagem para escrever sua história familiar no corpo. A tatuagem e o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam piercing, brincos e outras formas de alteração do corpo (body modification ou simplesmente body modi).

O problema é que o mundo está ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais uma aldeia global. Esta globalização faz com que certos costumes que antes só eram vistos em algumas culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a se tornar moda em todo o mundo. A tatuagem de henna é um exemplo recente desta realidade.

E quem são os responsáveis pelo lançamento da moda em nosso mundo? Os meios de comunicação em massa, que muitas vezes mostram artistas, músicos e cantores usando determinada roupa, adereço, estilos diferentes muitas vezes copiados por nós, ou porque não dizer, copiados de nós. Isto mesmo!!!

Citando dois exemplo: Os Rapper’s americanos não inventaram um estilo de roupa e ornamentos, eles já existiam, porém foram popularizados pela mídia. A popularização de alguns costumes orientais no Ocidente teve forte influência dos Beatles, quando estavam em sua fase “Flower and Power”. Muitas das batas, camisões e pantalonas que vemos hoje em nossas ruas, praças, e até na igreja, foram uma influência direta da que é chamada a “maior banda de todos os tempos”, porém, são “politicamente aceitas” por muitas de nossas lideranças.

A popularização do piercing foi em 1993 com o vídeo clipe "Cryin", do Aerosmith, onde Alicia Silverstone apareceu com um piercing no umbigo. Uma banda de rock, uma balada romântica, uma jovem atriz linda. Elementos essenciais para fazer a moda pop ou cultura pop, que nada mais é do que uma mistura de culturas e costumes do mundo pós-moderno.

Leornard Sweet, professor metodista e um dos mais interessantes pensadores cristãos de nossa época, comenta sobre tatuagens e piercings em seu e-book recente "The Dawn Mistaken For Dusk". Ele diz que, a razão pela qual "body modi" é o assunto nº.1 nas listas de discussões e bate-papos de jovens cristãos com menos de 30 anos nos EUA, é pelo fato disto fazer parte da cultura jovem pós-moderna atual (e quase global), uma cultura onde a imagem é altamente valorizada.

A ironia disso tudo é que cirurgias plásticas e implante de silicone são coisas cada vez mais aceitas pelos cristãos modernos. Tem personalidades famosas do mundo evangélico brasileiro com o corpo siliconado. Todavia, como diz Sweet, "Cirurgia plástica é uma forma severa de alteração do corpo. Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?”.

Na Bíblia lemos à história de Isaque que deu a Rebeca uma argola de seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing) e, após fazer isto, ajoelhou-se para adorar a Deus. Penso que se o primeiro ato fosse pecado ou considerado pagão, então Isaque não teria adorado a Deus em seguida.

No livro de Êxodo, percebemos que as mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo. Novamente, não penso que Deus aceitaria de seu povo ofertas que representassem costumes pagãos.

O texto mais intrigante para mim se encontra em Ez 16.11-12: “Também te adornei com enfeites, e te pus braceletes nas mãos e colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça” (ARA), onde o próprio Deus diz que adornou Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as orelhas. Ao que parece, tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.

Uma vez que a Bíblia parece não condenar o uso de piercing, por que deveríamos nós?

Nosso desafio não é condenar, mas orientar as pessoas (principalmente os jovens) para os riscos que existem em fazer estas coisas sem uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde.

A pessoa está consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e "efeitos colaterais" diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem deixar marcas para o resto da vida? Mais ainda, precisamos falar sobre questões de identidade, valor pessoal e auto-imagem. Pois são estas as questões mais importantes para quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica no nariz, implantar silicone, colocar um piercing ou fazer uma tatuagem.

TATUAGEM
EXEGÊSE E HERMENÊUTICA *2


Podemos perceber que a palavra tatuagem tem sido muitas vezes tratada de forma repugnante no meio cristão, mas nem sempre é explicado o porquê.

O propósito deste estudo é analisar a palavra utilizando o contexto em que ela foi empregado para assim, compreendermos o seu emprego nas Escrituras.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

Lv 19:27-28 – “Não farão calva na sua cabeça e não cortarão as extremidades da barba, nem ferirão sua carne. Santos serão ao seu Deus e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem ofertas queimadas do SENHOR. Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR.”

Dt 14:1-2 – “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus; não vos darei golpes, nem sobre a testa fareis calva por causa de algum morto”. Porque sois povo santo do SENHOR, vosso Deus, e o SENHOR vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.


ANÁLISE DOS VERSÍCULOS

- Não ferireis a vossa carne. -
Essa é uma proibição contra as mutilações. Muitos povos pagãos lamentavam-se desse modo pelos mortos. Quem lamentava por um morto cortava-se como se fosse um sinal de consternação pela morte de um parente ou amigo, pensando que isso adicionava algo à sinceridade de sua lamentação. Tais atos eram estritamente proibidos em Israel. (Jr 16:6, 41:5; Lv 21:5 e Dt 14:21).

- Nem fareis marca nenhuma sobre vós.
A tatuagem era praticada entre várias nações antigas, algumas vezes em conexão com as práticas da idolatria. Figuras, marcas ou letras eram tatuadas sobre a pele mediante a injeção de tintas na epiderme. Queimar com ferro em brasa era outra maneira de tatuar. Um escravo tinha a marca de seu proprietário impresso sobre ele; as prostitutas também eram assim marcadas; palavras sagradas eram tatuadas na pele dos adoradores pagãos.

- Eu sou o Senhor.
Essa forma, como aquela mais completa, “eu sou o Senhor teu Deus”, assinala divisões no livro de Levítico, o que acontece por dezesseis vezes, só neste capítulo dezenove de Levítico.

Formar os cabelos em curva redonda nas têmporas e na barba, ou a incisão de padrões na pele faziam parte das práticas pagãs de luto, e, como tais, eram proibidas. Desfigurar a pele, que provavelmente incluísse alguns emblemas das divindades pagãs, desonrava a imagem divina de Deus. A perda de um ente querido devia ser aceita como parte da vontade de Deus para a vida do indivíduo, e nenhuma tentativa deveria ser feita para propiciar o falecido de qualquer maneira.

ANÁLISE LEXOGRÁFICA

Esta palavra portuguesa vem do Taitiano “tatau”, a reduplicação da palavra “ta”, que significa “marca”, “sinal”. Está em foco, uma marca indelével, feita mediante técnicas próprias, picando a pele e inserindo algum pigmento sob a mesma. Embora, provavelmente, não haja nenhuma alusão direta à técnica da tatuagem nas páginas da Bíblia, essa tem sido considerada uma interpretação possível em três situações aludidas na Bíblia, a saber:

1. Oth – sinal

Palavra usada por setenta e nove vezes no Antigo Testamento, conforme se vê, por exemplo, em Gn. 1.14; 4.15; Ex. 4.8,9, 17, 28,30; Nm. 14.11; Dt. 4.34; 6.8,22; Js. 4.6; Jz. 6.17; I Sm. 2.34; II Rs. 19.29; Ne. 9.10; Sl. 74.4,9; Is. 7.11,14; 8.17; Jr. 10.2; Ez. 4.3; 20.12,20.

O termo Grego correspondente é semeîon - sinal -, usado por quarenta e oito vezes, conforme se vê, por exemplo, em: Mt. 12.38; Lc. 2.12; Jô. 2.18; At. 2.19, 22, 43; Rm. 4.11; I Co. 1.22; II Co. 12.12; II Ts. 2.9; Hb. 2.4; Ap. 15.1.

2. Chaqaq - gravação, cavar

Com esse sentido, é usada por duas vezes: Is. 22.16 e 49.16. Na última dessas referências, a idéia é que, gravando os nomes de Seu povo em Sua mão, jamais se esqueceria deles.

3.Seret - incisão, corte

Essa palavra só aparece em Lv. 19.28, onde se lê: “Pelos mortos não ferireis a vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR”. O termo Seret é traduzido ali como ferireis. Isto pode até parecer uma clara proibição do uso de tatuagens, entre os judeus.

Alguns tem pensado que o trecho de Lv 19.28, sem dúvida, alude à prática da tatuagem. Mas, embora algumas versões estrangeiras tenham traduzido o vocábulo hebraico seret, ali usado, como tatuar, os estudos feitos quanto aos costumes de lamentação e luto pelos mortos indicam freqüentes associações de cortes feitos no corpo ou pinturas, com o raspar dos cabelos, mas nunca com tatuagens, que se revestem de outro sentido. Por semelhante modo, qualquer situação retratada nas Escrituras que possa ser interpretada como indício da prática das tatuagens tem base meramente conjectural, e não se escuda sobre qualquer inferência etimológica ou etnológica.

Ao usar hoje esse texto do Antigo Testamento, muitos caem em desobediência pelo fato inocente de raspar a barba para se apresentar em um emprego, cortar o cabelo ou raspa a cabeça em comemoração por ter passado no vestibular. Ao contrário, se formos nos ligar as leis cerimoniais do Antigo Testamento, quanto maior a consagração, maior terá que ser o tamanho do cabelo e da barba, conforme a consagração dos nazireus e dos sacerdotes (Lv 21:5; Jz 6:5; 13:5; 16:17; I Sm 1:11). Mas nós sabemos que esses detalhes da lei cerimonial do Antigo Testamento não são pertinentes para os dias de hoje, para os que vivem pela graça e debaixo das orientações do Novo Testamento.

Sandro Baggio diz que os que não aceitam a tatuagem também teriam que ser automaticamente proibidos de comer carne de coelho, porco, camarão, lagosta, ostras, e moluscos, misturar raças de gado, misturar linho com lã, raspar ou aparar a barba (Lv 11:6-7; 11:10-12; 19:19e27). Então, se você alguma vez comeu um sanduíche de porco, comeu lagosta, aparou a barba, usou uma roupa de linho forrada com lã – ou fez uma tatuagem, você é culpado sobre a lei!

Se a tatuagem começa num contexto secular, (como certos costumes que começaram neste contexto e, com o passar do tempo são naturalmente usados. Exemplo: Soltar fogos de artifício em celebrações, quando a pólvora foi descoberta pelos chineses com finalidade de exorcizar os maus espíritos; o uso da palavra coitado que originalmente tem seu sentido em coito, quando os senhores de engenho acoitavam as meninas que entravam na fase adulta) cabe a nós resgatar a tatuagem de seu contexto secular e usá-la para a glória de Deus.


A ORIGEM DO PRECONCEITO

O preconceito contra a tatuagem tem sua origem na Idade Média, quando a Inquisição perseguia brutalmente, prendia e queimava na fogueira qualquer pessoa que portasse uma cicatriz, marcas de nascença, mancha na pele, uma deformação física qualquer, desenho ou tatuagem, sendo acusada de bruxaria e de ter pacto com o demônio. Hoje em dia, os reflexos dessa perseguição religiosa se revelam na perseguição social, onde o preconceito faz com que as pessoas que se tatuam sejam discriminadas e sejam vistas como nocivas à sociedade. No entanto, esse pensamento tem mudado nos últimos tempos, quando hoje se vê pessoas de faixas etárias diferentes, de variadas profissões e classes sociais diversificadas como artistas, designers, executivos, publicitários e cristãos sinceros de todos os níveis portando tatuagens.

Infelizmente, a história tem mostrado que a Igreja, que ao se propor a ser uma contracultura através das eras, e que deveria estar acima dos padrões, valores e ideologias da sociedade, no entanto, tem se curvado às tendências políticas e às imposições que a sociedade impõe, deixando-se desfigurar e perder a força de seu desiderato profético, se tornando conivente e absolutamente omissa diante de aberrações cometidas por líderes megalomaníacos, de injustiças sociais e atrocidades impetradas por regimes totalitaristas como foi o caso do nazismo na Alemanha e Itália, do racismo nos Estados Unidos, e do regime militar no Brasil. E é com pesar se pensar que a igreja evangélica tenha herdado do catolicismo romano o preconceito contra a tatuagem perpetuada na idade média, e hoje mantenha esse preconceito contra o uso de tatuagem e contra quem quer que seja diferente do padrão burguês que a sociedade impôs à igreja e lamentavelmente ela aceitou, ficando amarrada à camisa de força do preconceito que drena o amor e represa sua ação diante do mundo.


TATUAGEM À SERVIÇO DO REINO



Existem vários ministérios direcionados as tribos urbanas que visam à conversão dos undergrounds e usam a tatuagem como gancho de evangelismo, tais como: A Caverna de Adulão, Ministério Bola e Neve, Base Avalanche, Ministério Ágape, Comunidade Sal da Terra, Comunidade S8, Projeto 242, Movimento Gerações Emergentes da AD2010, Tribal Generation, Survivor, o ministério CTA (Christian Tattoo Association) que é liderado por tatuadores cristãos e utilizam a tatuagem como ponte de evangelização. A CTA tem os seguintes propósitos:

1. Pregar o Evangelho para artistas tatuadores e entusiastas através de impressos, testemunho pessoal, workshops e promover encontros com grupos pequenos em eventos locais e convenções nacionais.

2. Promover saúde e assuntos de segurança no campo da tatuagem e encorajar estandartes morais e profissionais na indústria das tatuagens. Mas seu objetivo principal é pregar o evangelho àqueles no mundo da tatuagem primariamente através de evangelismo pessoal.



CONCLUSÃO

A tatuagem, assim como a edificação de cidades, a música e a indústria são subprodutos do contexto secular pós-queda. A Bíblia não condena marcar o corpo com uma tatuagem (quando esta, não está ligada a rituais satânicos, à sensualidade ou à violência)

Nos comentários das Bíblias de Estudo de Genebra e Plenitude, apenas relatam o fato de não marcarem o corpo com mutilações por causa dos mortos, não referindo diretamente à prática de Tatuagem.

Contudo observando historicamente as práticas de outras nações, o povo de Israel é advertido a não praticar tais atos para que não fossem confundidos, e por tais atos estarem diretamente ligados à idolatria e à prostituição.

No âmbito geral da situação, percebemos que isso era uma prática cultural, não transcendendo, em alguns casos, aos dias de hoje.

É importante lembrar, que não devemos ser escândalo para nossos irmãos:

Rm 14:13 - “Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão”.

II Co 6: 3 - “... não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”.

A prática da tatuagem nos dias de hoje tem sido uma forma de expressão por parte de muitos jovens. Ao contrário dos tempos em que Israel foi advertido, a tatuagem hoje tem um sentido bem diferente. Isso não isenta algumas culturas de praticarem o ato como forma de idolatria, mas no Brasil o sentido tem sido apenas uma forma de expressão.

Meu comentário pessoal e crítico sobre o assunto é que a tatuagem não impede a pessoa de ter um relacionamento intimo com o Senhor, porém deve-se observar alguns pontos antes de se fazer uma tatuagem.

Devemos antes de tudo preservar a santidade, no que se diz respeito ao corpo e o fato de que podemos estar servindo de motivo de escândalo e zombaria de outrem.

Penso que o evangelho de alguns se tornou muitíssimo frágil, quase um paganismo dualista esotérico, por entenderem que uma simples tatuagem venha a ser porta para entrada de demônios. Outros dizem, influenciados por pressupostos da idade Média, que é a marca da besta. Outros asseveram que fazer tatuagens é profanar o templo do Espírito Santo. Essa fragilidade de fé gera um evangelho legalista, que torna a salvação totalmente vulnerável, por entender que pequenas falhas, pecados e deslizes, ou mesmo se distrair, ler um romance, ir ao cinema, buscar cultura, gostar de arte e aplicar um piercing ou uma tatuagem são motivos suficientes para levá-las ao inferno, ou no mínimo, motivo para se desconfiar da espiritualidade delas, pelo simples fato de serem diferentes.

Quem assim crê não conhece as fraquezas peculiares dos servos de Deus que estão abertamente registradas nas Escrituras, suas personalidades diversificadas, não conhecendo a extensão da Graça de Deus e o alcance da Obra de Cristo na cruz do Calvário. Estes, por sua fragilidade de fé, ficam constantemente apavorados por ameaças do inferno, e por nunca terem estudado as Escrituras e se apropriado de Suas promessas, vivem amedrontados, acuados pelos demônios e acossados por seus próprios fantasmas interiores. Oro para que tenham a visão de que quem está em Cristo é trabalhado a cada dia para ser conforme a imagem de Cristo, tendo sido salvo, justificado, santificado e já glorificado aos olhos de Deus (Rm 8:29,30), marcado para a vida, separado e absolutamente protegido por seu precioso sangue (Rm 8:31-39; II Tm 4:18) e catapultado para a vida eterna deste antes da fundação do mundo (Mt 25:34; Ef1:4; Ap 17:8).

Todas as palavras acima também são cabíveis ao uso de Body Piercing, Cirurgias Plásticas, Lipoaspirações e qualquer tipo de dilaceração do corpo que não seja necessário à saúde. Sendo assim, toda forma de dilaceração que não há envolvimento com os rituais pagãos não se encaixam em Lv. 19:28 - Texto esse que muitos tomam como base para proibirem a tatuagem.



Apenas um pequeno comentário acerca de um erro de exegese ocorrido por quem defende o uso de tatuagens, mostrando assim que uma tradução mal feita do texto, deixa margem para erros de ambas as partes:

Apocalipse 19:16: “No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.”

Em algumas versões, o termo “escrito o nome” é trocado por tatuado.

Vamos quebrar a frase:

Sintaticamente, temos o seguinte:

- Sujeito da Frase: Coxa
- Objeto Direto da Frase: Nome
- Vocativo referente ao sujeito: No Manto

Por definição temos que vocativo é:
"...É uma referência à 2ª pessoa, um apelo, um chamado, e é usado para o nome que identifica a pessoa (animal, objeto etc.) a quem se dirige e/ou ocasionalmente os determinantes de tal nome. Uma expressão vocativa é uma expressão de referência direta, em que a identidade da parte a quem se fala é expressamente declarada dentro de uma oração..." (Wikipedia)

Portanto, o que quer dizer na frase não é que o nome esteja tatuado na coxa, mas sim escrito no Manto na altura da coxa.

Vamos ao original em Latim:
19:16 - et habet in vestimento et in femore suo scriptum rex regum et Dominus dominantium.

Ressalto que o verbo empregado é SCRIPTUM, ou seja, escrito!!! Para que seja tatuado, o verbo a ser utilizado deveria ser PINGERE, ou seja:

19:16 - et habet in vestimento et in femore suo pingerum rex regum et Dominus dominantium.

Em Grego temos:

19:16 - kai ecei epi to imation kai epi ton mhron autou to onoma graphammenon basileuV basilewn kai kurioV kuriwn.

O verbo “escrever” em grego é: graphon; já o verbo “tatuar” em grego é: prosanagrapheia.



*Texto retirado do blog: http://filosofiadabatata.blogspot.com/2010/09/estudo-biblico-sobre-tatuagem-e.html

sexta-feira, 10 de junho de 2011

INTEGRIDADE


Quem anda com integridade anda com segurança, mas quem segue veredas tortuosas será descoberto. Provérbios 10.9

Onde está a integridade? Pergunta esta muito pertinente nos dias atuais. Integridade está em falta não só na sociedade em si, mas também no âmbito eclesiástico. Na igreja esta palavra deveria ser uma das marcas registradas do cristão, pode até ser que na teoria ela exista, porém na prática fica a desejar. O significado de integridade vem do latim integritate, significa- a qualidade de alguém ou algo ser íntegro, de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, parcial, brioso, pundonoroso, cuja natureza de ação nos dá uma imagem de inocência, pureza ou castidade, o que é íntegro, é justo e perfeito, é puro de alma e de espírito. Em hebraico integridade siginifica “completo”. Ao olhar esta definição fico a imaginar o quanto está faltando integridade, principalmente de cárater. Muitas pessoas participam dos cultos religiosamente e demonstram ser espirituais no momento do culto. Dentro da igreja um exemplo a ser seguido, no entanto, no trabalho tratam os subordinados de forma arrogante. Em casa age como ímpio para com os filhos e esposa. No trânsito dirigindo é melhor que Deus feche os ouvidos. Quando paramos e olhamos para aqueles que são chamados pregadores da Palavra, são ótimos na teoria, mas na prática, “só por Deus”. Certa vez tive o privilégio de ouvir Pr. Irland P. Azevedo ministrando na aula de homilética e num dado momento da aula falando da integridade do pregador ele disse uma frase marcante: - “O que precisamos não é de púlpitos de acrílico transparente, mas de transparência no púlpito”. Sendo assim podemos entender o que diz o provérbio citado acima “Quem anda com integridade anda com segurança”. Por que? Pelo simples fato de que quem é íntegro não tem o que temer quanto a sua reputação, pois busca agir de forma correta em suas relações e também quando ninguém está vendo. É completo em suas atitudes pois mesmo que alguém diga algo contra sua idoniedade não fica perturbado, mas pelo contrário, devido em seu cárater haver integridade vive seguro. Já o que não age com integridade em suas relações vive inseguro e com medo de ser pego no erro, e como nos diz o texto será “descoberto”. Que possamos ser como Daniel, que mesmo que procurem achar algo para nos atingir, não encontrarão: “Então os presidentes e os príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa” (Dn. 6.4). Não podemos nos esquecer de José diante da mulher de Potifar, quando sua integridade foi colocada em risco preferiu sair correndo nu. (Gênesis 39.12).
Sendo assim, que Deus nos dê graça todos os dias para que possamos agir com integridade com as pessoas com quem nos relacionamos e principalmente com Deus, Nosso Senhor!

Fique na Paz!
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Integridade
Bíblia de Estudo N.V.I